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REVISÃO DOS PNEUS


1. PARA QUE SERVEM OS PNEUS?

Sendo parte do sistema de rodagem, os pneus são o meio de contato do carro com o solo. Sua composição, estrutura e design permitem que o veículo se mova sobre as pistas com velocidade adequada e na direção desejada, permitindo a passagem de ar e água e suportando o seu peso. Também é a parte do carro que gera o atrito na hora da frenagem, permitindo a parada completa do automóvel.


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2. QUANTO TEMPO DURA UM PNEU?

Pneus devem rodar em perfeitas condições por 60.000 quilômetros. Esse número pode variar de acordo com as condições em que é submetido. Hábitos de uso motorista, acompanhamento de revisões e realização do rodízio são fatores que podem interferir.


3. COMO ESCOLHER O PNEU CERTO PARA MEU CARRO?

Informe o serviço e o seu veículo na barra de busca para encontrar oficina e comparar preços para o serviço

I. O QUE COMPÕE UM PNEU?

Pneu

a) Banda de Rodagem
É a parte exterior de borracha que fica em contato com o chão. A segurança e as reações do carro ao acelerar, frear e direcionar o veículo depende do bom estado e funcionamento desta peça. A banda de rodagem é composta por três partes: os sulcos, as ranhuras e as barras.


Os Sulcos são responsáveis por facilitar a passagem de ar e água, evitar aquaplanagem e refrigerar os pneus. Alguns modelos possuem mais sulcos que outros, sendo mais aderentes ao solo.


As Ranhuras ou Drenos diminuem a ressonância e dissipação de calor e não deixam a borracha superaquecer. O ar frio entra pelas ranhuras, se espalha e resfria o pneu.


As Barras ou Blocos estão diretamente ligadas com a potência da roda. As barras geram tração quando entram em contato com o solo.


b) Ombro


Os ombros entram em ação quando o carro entra em uma curva. Ficam nas extremidades da banda e da lateral e possuem uma quantidade extra de borracha que serve para suportar a transferência de peso em curvas.

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c) Cílios
Ao contrário do que muitos pensam, não é uma parte essencial do pneu. Na verdade é consequência do processo de fabricação, por isso a maioria dos pneus novos têm. Os pequenos fios surgem quando pequenas bolhas de ar são eliminadas de dentro da borracha.


d) Flancos/Lateral
Também chamada de costado, são as duas laterais que constituem o revestimento externo da carcaça junto com a banda de rodagem. A parte lateral do pneu é o que deixa a direção mais confortável, pois é responsável por absorver as imperfeições vindas do solo. Quando mais fino for, menos agradável será a direção para o motorista. Essa parte da roda entra em atrito com o solo cerca de 800 vezes por segundo com o carro em movimento, é parte que mais se desgasta, por isso é uma das mais importantes do sistema.


e) Talão
São fios de aço revestidos por cobre extremamente resistentes que fixam o pneu ao aro da roda. São impermeabilizados com borracha antioxidante que garante a durabilidade e resistência, às vezes chamada de armadura ou encordoamento do talão. Por causa da sua localização, em ambas as extremidades, é a parte que mais sofre atrito por superaquecimento devido à ação dos freios.


f) Estrutura da Carcaça
Constituída por camadas de lonas, têxteis ou metálicas, e de borracha, que vão de talão a talão, essa é a estrutura que determina a resistência, os índices de carga e velocidade, o formato do pneu e que o mantém inflado e apto para reformas.


g) Cintas de Aço Estabilizadoras
Também são formadas por fios de aço e fazem parte da estrutura da carcaça. A cinta permite que o pneu tenha mais contato com o chão e garanta estabilidade ao carro, além de proteger a estrutura de objetos perfurantes. Carros de corrida normalmente possuem cinta dupla.


h) Lonas de Reforço/Carcaça de Poliéster
Fios de poliéster responsáveis por reforçar a estrutura da carcaça.


i) Câmara de Ar/Estanque
Atualmente, os pneus utilizam de ar interno para sua sustentação (no entanto já existem avanços na fabricação de pneus sem ar). Os Tube Type, possuem uma câmara de ar para sua retenção, são mais baratos mas também esvaziam mais rapidamente em caso de furos. Os Tubeless são compostos por um estanque interno

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j) Inner Liner
Camada interna de borracha que possui duas finalidades. No caso de pneus sem câmara, ela impermeabiliza a estrutura da carcaça e retém o ar sob pressão. E na presença de câmara, ela é feita de borracha macia para não danificar nenhum componente.


II. ESPECIFICAÇÃO DO PNEU!
Na lateral você encontra um conjunto de códigos alfanuméricos que indicam as especificações do pneu. Comparando essas informações as descrições no manual do condutor você consegue descobrir se está usando o pneu correto para o seu carro.

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a) A marca do pneu:
Indica o fabricante da peça.


b) Veículo para o qual o pneu é indicado:
A letra “P” diz que é um pneu para veículos de passeio; “LT” são peças para caminhonetes; “ST” as que servem para reboques, carretas e trailers; “T” são os temporários, que atuam como estepe.


c) Largura:
A distância, em milímetros, entre os flancos (ou laterais) dos pneus. Essa medida varia de acordo com a finalidade do pneu e o modelo de carro.


d) Relação Altura/Largura:
A altura do pneu, também chamada de perfil, diz quanto ele mede o seu diâmetro sem considerar o aro interno. É sempre indicada como uma % da largura.
Exemplo: a marca /55 indica que a altura do pneu é 55% da largura da banda de rodagem. Para saber em milímetros é só realizar a conta.


e) Diâmetro:
Medido em polegadas, o diâmetro é a distância diagonal entre dois extremos do pneu. Para saber em milímetros, basta somar o aro com duas vezes a altura.

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f) Construção do Pneu:
Indicados por “R”, os pneus de construção radial são os melhores e mais comuns hoje em dia. Eles levam esse nome por serem compostos pelo alinhamento radial de cordas de aço dentro do pneu conforme a imagem abaixo. Dessa forma a roda tem mais resistência em movimento, melhor desempenho em velocidades elevadas, maior aderência e portanto, muito mais conforto para o condutor. Para esse tipo, é necessário atentar se pois a lateral deles precisa ser mais flexível, a tornando mais suscetível a rasgos.


A alternativa, os diagonais, são simbolizados por um “D”. Sua construção é por lonas de nylon sobrepostas e cruzadas. Isolam menos os impactos do movimento, agredindo mais o solo e gerando mais sensação de choque ao condutor do carro. Por fim, a maior fricção aumenta a temperatura do pneu, reduzindo sua vida útil.

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g) Índice de Carga:
Corresponde ao peso máximo suportado por cada pneu. Esse valor está relacionado a pressão interna. Quando a carga transportada ultrapassa o índice, o pneu começa a desgastar mais rápido e a exigir mais potência do carro, consumindo muito combustível. Para saber quantos quilos seus veículo pode ter, é só somar o limite de cada pneu.


h) Índice de Velocidade:
Representa a velocidade máxima para qual o pneu foi desenvolvido. Ao passar desse valor, o pneu pode apresentar falhas na performance e até estourar.


i) Data de Fabricação:
Permite ao motorista identificar a idade do pneu. Esse código é chamado de DOT (Por causa do Department of Transportation, órgão estadunidense que instituiu essa marcação) e garantindo que a peça está de acordo com as normas internacionais. Os números aparecem como, por exemplo 1908, que significa que foi fabricado na 19ª semana do ano 08 (2008) – um triângulo ao lado do dígito significa que é do século 20.


j) Índice de Desgaste:
Marcação, similar a uma verruga, que fica por toda a banda de rodagem entre os sulcos. Chama-se TWI (Tread Wear Indicator) e tem a função de determinar o limite de desgaste da borracha. Quando a superfície estiver no mesmo nível do TWI significa que está na hora de fazer uma troca. Pneus também podem apresentar uma numeração de Treadwear na lateral. Esse número vai de 60 a 700 e quanto maior, mais duração o pneu terá, tudo o mais constante.


k) Preenchimento Interno
Pneus sinalizados com “TT” ou Tube Type são os que contém câmara de ar. “TL” ou Tubeless indica um pneu com estanque para retenção do ar.


l) Adequação com o Clima:
Cada pneu está otimizado para uma estação do ano. Os pneus de inverno, por exemplo, são identificados por “S+M” (neve e lama), pois foram testados nestas condições e performam melhor assim, garantindo aderência ao solo e estabilidade. No entanto, se usados e altas temperaturas, ficam mais enrijecidos e reduzem a segurança. São indicados para lugares com temperaturas abaixo de 7 graus ou com alto risco de aquaplanagem, uma vez que seu design facilita também a passagem de água e ar.
Pode ainda haver um desenho ao lado dessa marcação indicando alguma especificação de estação avançada.


m) Índice de Tração:
Alguns pneus sinalizam o índice de tração na lateral a esquerda da palavra Traction, ela indica quão apto ele é para parar em asfalto ou concreto molhado. São 4 categorias (AA, A, B e C) em que AA é a melhor e C a que tem a menor aderência.


n) Índice de Temperatura:
Em certos pneus, é possível ver o índice temperatura, após a palavra Temperature na lateral. Representa a dissipação de calor da peça, como ela consegue lidar com acúmulo de aquecimento normal. Pode ser A, o mais resistente, B ou C, o mais suscetível a falhas decorrentes de altas temperaturas.


III. TIPOS DE PNEUS


a) Simétricos
São o tipo mais comum de pneu, normalmente os que vem de fábrica com o carro. Você pode identificá-los pelos desenhos nas bandas de rodagem: é só imaginar uma linha no meio da banda, se o desenho for igual em ambos os lados, ele é simétrico. Caso tenha dificuldades, na lateral terá uma indicação do lado específico de rotação.


Vantagens: Esse modelo é recomendado para motoristas que trafegam em pistas secas, e em lugares de temperatura elevada. Optando por simétricos, você economiza pois eles são mais baratos e duram muito. Dificilmente terá problemas com ruídos e terá facilidade em fazer o rodízio das rodas.


Desvantagens: O desempenho na chuva deixa a desejar, além de apresentar performance inferior aos demais.

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b) Assimétricos


Os mais recentes no mercado. São os mais estáveis e tem maior capacidade de frenagem em pista molhada. Para identificá-los você precisa encontrar as palavras “outside/inside” ou “exterior/interior” na lateral do pneu que indique o lado correto de ser montado. Se você criar uma linha imaginária no meio da banda de rodagem, verá que os desenhos não são iguais dos dois lados.


Vantagens: Esses pneus têm maior contato com o solo, portanto uma potência maior. Carros esportivos já vêm com esse modelo de fábrica. São um bom investimento, pois apresentam um ótimo desempenho em curvas e pistas molhadas e suportam mais peso por serem mais largos.


Desvantagens: O rodízio limitado é uma desvantagem. Os desenhos são desenvolvidos para ficar em extremidades específicas, por isso existe o lado certo de montar a peça. Se você simplesmente inverte o eixo (esquerda e direita), a banda feita para rodar do lado de fora ficará para dentro e a de dentro para fora. Neste caso o rodízio só pode ser feito entre os pneus do eixo (frente e trás do mesmo lado). A manutenção é mais cara e rotineira: como cada sulco têm uma função específica, é ideal que o desgaste seja o mais uniforme possível, para você não ficar na mão.

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c) Direcionais


São geralmente usados em modelos esportivos. Seus desenhos são os mais fáceis de identificar: todas as linhas apontam para uma direção específica em que devem rodar e na parte externa encontra-se uma seta indicando essa direção.


Vantagens: Muito indicados para estradas molhadas e neve, estáveis nas curvas, conseguem aumentar a velocidade do pneu. São versáteis e apresentam boa performance tanto no seco quanto no molhado.

Desvantagens: Faz mais ruído que os demais. Normalmente é só fabricado para carros esportivos e também possui só uma opção de rodízio. Sua banda de rodagem tem um sentido correto para rodar, sendo assim, se você inverter os eixos, o pneu terá que rodar do lado oposto ao que foi desenvolvido, e não performará adequadamente. Certifique-se do sentido da roda antes de instalar!

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4. PROBLEMAS FREQUENTES NOS PNEUS:


a) PNEU SECO


Como saber que um pneu está seco?
Quando chega próximo dos seis anos, a borracha do pneu começa a secar e se decompor. Por isso que os pneus mais velhos têm a aparência de mais secos. Esses sintomas são visíveis: a aparência de seco, gasto, velho, quase ou já careca, com rachaduras anormais e no limite do TWI. Se houver dúvidas sobre a aparência, use a idade e a quilometragem como parâmetro. Se a performance não está boa, mesmo sem nenhum problema aparente como bolhas, furos e rasgos, provavelmente seu pneu está velho e precisa ser trocado.


Quais as causas de ressecamento do pneu?
Os pneus têm vida útil e vêm com uma quilometragem indicada para troca. Passado muito tempo após a recomendação, é natural que a peça passe a não reagir da maneira esperada em situações adversas. Com forte incidência de calor, a borracha resseca mais rápido.


Quais os riscos de rodar com pneu ressecado?
Se o pneu velho já começou a rachar, ele não está mais apto para o uso e você deve substituí-lo imediatamente. Caso contrário ele corre sérios riscos de rasgar quando você estiver em movimento, principalmente em velocidade alta, quando ele fica mais quente.
Pneu velho e seco recebendo calor intenso não são uma boa combinação. A borracha já está muito seca e pouco flexível, a tendência é a situação fazer os sintomas piorarem. A direção fica menos confortável. Você pode perder estabilidade na pista molhada e em curvas. Se o roda estourar, você corre o risco de perder o controle do carro e sofrer um acidente.


Como evitar ressecamento de pneus?
Você pode tomar alguns cuidados básicos para o seu pneu ter uma vida útil maior e saudável. Evite deixá-los muito tempo expostos ao sol, assim a borracha demorará a ficar seca. Não force as rodas em ambientes para os quais elas não foram desenvolvidas, como fazer ralis com pneus para estrada. Faça o rodízio para não ocorrer a corrosão desigual e fique de olho nos sintomas.
De todo jeito quando chega a uma idade elevada, mesmo que não rode muito, não há o que ser feito para evitar o desgaste natural, é hora de trocar mesmo.


Dá para consertar pneus ressecados?
A melhor alternativa para esses casos é trocar o pneu. Existem produtos especializados que podem ser aplicados em pneus secos para restaurá-los e manter a borracha mais leve. Não é uma solução definitiva, mas pode preservar a peça por um período. Ainda assim, existem algumas ressalvas: a substância é oleosa e, quando aplicada em excesso, pode prejudicar a aderência do veículo ao chão.
Outra solução paliativa que não indicamos é a ressulcagem. Nada mais é que refazer os sulcos já gastos da borracha. O pneu fica com aparência de novo, mas a camada de borracha ainda é muito fina e velha. Você resolve em parte o problema da aderência, porém o risco de estourar ainda é alto. Isso porque as partes que já estavam muito finas estão ainda mais devido aos novos cortes, chegando perto da estrutura interna e comprometendo a resistência. Outro problema é que a ressulcagem é uma infração grave, com multa de R$ 127,00 e passível de apreensão do veículo – salvo em alguns modelos de caminhões em que a prática é recomendada quando atingir certa quilometragem, só que nesse caso eles são desenvolvidos para isso.


b) DESGASTE IRREGULAR


Como saber se os pneus estão desgastando igualmente?
É normal que o pneu sofra desgaste com o tempo de uso. O desgaste é mais comum em pneus traseiros de veículos de tração dianteira (carros onde as rodas da frente são responsáveis pelo movimento). Isso acontece porque as partes de trás sofrem mais resistência quando arrastados, então o veículo precisa de mais força para movê-los. Porém, quando isso acontece em peças com pouco tempo de uso, mais intensamente no eixo traseiro ou em partes e lados isolados da banda de rodagem, é a indicação de que algo não está em ordem no seu carro. É possível ver isso pela aparência ou pela proximidade com o limite do TWI. Dependendo de como o gasto se apresenta, a causa pode variar.


Quais as causas para desgastes irregulares dos pneus?
Desgaste nos ombros
Se a corrosão excessiva é nas extremidades, seu pneu provavelmente está com a calibragem abaixo do indicado. Pressão baixa ainda causa a destruição da borracha e aumenta o consumo do combustível.


Solução: Coloque ar até chegar à pressão correta. Você pode verificar as especificações no manual, no lado de dentro da porta do motorista ou na tampa do combustível.


Importante: Fazer a calibragem correta prolonga a vida do seu pneu e economiza combustível. Se você achar que a pressão está caindo rápido demais e com muita frequência, é bom levar no mecânico e verificar se não está com furos ou defeitos na válvula.


Desgaste no centro
Se o centro do pneu está desgastado, provavelmente você calibrou mais que o indicado. Quando está cheio demais, o centro da banda de rodagem concentra todo o contato com o chão, suportando a maior parte do peso do veículo e deixa essas marcas.


Solução: Verifique se a calibragem está correta e corrija, se necessário.
Dica: Tente sempre calibrar com os pneus frios. Quando o carro roda, a temperatura esquenta e aumenta a pressão, então a chance de colocar a calibragem errada é maior.

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Desgaste apenas de um lado ou pneus pendendo para um lado
Se um lado da banda de rodagem está careca e o outro está inteiro, significa que o alinhamento (geometria) do seu carro está ruim. Isso pode reduzir o controle e o desempenho das rodas.


Solução: Leve o seu veículo para uma loja especializada e verifique a geometria. Em alguns modelos o alinhamento é feito na parte dianteira e traseira, mas o especialista saberá informar qual serviço precisa ser feito.


Problema de cambagem
A cambagem tem a função de distribuir o peso do carro sob a banda de rodagem, aumentando a vida útil do pneu. Fazer a cambagem errada pode causar desgaste desnecessário no seu pneu e afetar a aderência.


Solução: Identifique se as suas rodas estão com ângulo negativo ou positivo e faça uma cambagem de correção.

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Desgaste com ondulação


É quando você percebe que a banda de rodagem está mais gasta em algumas partes do que em outras, como se algumas partes desgastassem mais rápido que outras. Esse problema é causado pelo balanceamento ruim, por suspensões gastas, problemas no amortecedor ou na coluna de direção.


Solução: Leve o veículo a uma boa oficina e peça para verificar a mecânica do sistema. Se o pneu ficar muito tempo nessas condições, não terá como reaproveitá-lo, vai causar trepidações e deixar a desejar no desempenho.


Pneus escamados
O desgaste irregular pode fazer os pneus ficarem com uma aparência de escamas. Este fenômeno é resultado da má manutenção dos pneus (usar calibragem errada, não fazer a geometria corretamente e nem o rodízio das rodas). Isso pode comprometer a durabilidade da peça e afetar o seu desempenho.


Solução: É recomendado que você leve seu veículo para uma revisão e mantenha a rotina de manutenção. Faça a calibragem dos pneus pelo menos uma vez na semana para evitar dores de cabeça.


Quais os riscos associados a um pneu com desgaste irregular?
O pneu corroído está suscetível a rasgos e estouro, além de incomodar a direção, causar trepidações e a perda do controle de veículo em velocidades elevadas.


Como evitar desgaste irregular nos pneus?
Para preservar as rodas e evitar problemas graves, estabeleça uma rotina de revisão preventiva. Para alinhamento, balanceamento e reaperto das suspensões é recomendado uma frequência de a cada 10.000 Km. Faça a calibragem semanalmente e verifique outras peças a cada 5.000 Km ou sempre que perceber alterações na direção e barulhos incomuns.


É possível arrumar pneus com desgaste irregular?
Se a corrosão estiver bem superficial, você pode continuar usando os pneus. É provável que com o conserto do problema, o desgaste volte a ser por igual. No entanto, se estiver muito avançado, a única solução é a troca dos pneus. Só lembre-se: Se não corrigir a causa dos desgastes, será um dinheiro jogado fora e logo o sintoma se apresentará mais uma vez.


c) BOLHAS NO PNEU


Como identificar bolhas na carcaça do pneu?
As bolhas são protuberâncias que aparecem tanto na parte interna como na parte externa da borracha do pneu. Você consegue identificar o problema visualmente, percebendo trepidações incomuns no volante e também pelo ruído ao trafegar.


Por que aparecem bolhas no pneu?
As bolhas aparecem quando o pneu sofre um impacto muito grande. Mais precisamente, quando você passa em alta velocidade sobre um buraco, lombada, depressão ou dirige de forma brusca, chocando as rodas contra outros objetos, como a guia e até acidentes de trânsito.
No momento do impacto, a cinta estabilizadora que compõe a estrutura da carcaça se rompe, liberando a pressão interna do pneu. Sem ter para onde ir, o ar empurra a borracha para fora formando as bolhas.


Quais os riscos de bolhas nos pneus?
A partir do momento em que a cinta se rompe, a estrutura responsável por manter o pneu estável fica comprometida. A borracha é a única responsável por segurar a pressão interna do pneu. Isso é muito perigoso! Uma vez instável, o risco de estourar é maior pois a banda de rodagem está em contato constante com o solo, recebendo muito atrito e suportando o peso do carro. Nessas condições a pressão extra pode ser o suficiente para causar o rompimento da bolha e gerar acidentes.


Como evitar que se formem bolhas em pneus?
Boa notícia! Por sorte a maior causa do problema é evitável na maioria dos casos. Tome muito cuidado ao passar por lombadas, buracos, depressões e até mesmo pelo meio-fio. Reduza a velocidade e procure passar pelo caminho mais seguro onde o carro sofrerá menos impacto e, quando estacionar, não raspe o pneu na guia.
Cuidados rotineiros com os seus pneus também ajudam! Faça alinhamento, balanceamento e rodízio regularmente, assim você evita desgastes desiguais, as estruturas estarão mais resistentes em caso de impacto e se houver bolhas e a borracha aguentará mais tempo até o reparo.


Por último, certifique-se de que está calibrando com a pressão correta recomendada pelo fabricante. A probabilidade de rompimento da cinta é maior caso o pneu esteja com a pressão inferior às indicações.


Quais soluções para bolhas na carcaça de pneus?
É arriscado sair por aí com os pneus nessas condições, o ideal é encaminhar seu automóvel a uma oficina o quanto antes e substituir a peça defeituosa. Garanta a sua segurança e evite problemas mais tarde.


Trocar o pneu é a ação mais indicada. Porém, se você não puder comprar um novo imediatamente e ainda tiver que rodar por certo tempo, é aconselhável que evite trafegar em velocidade muito alta, e tente não submeter as rodas a impactos muito bruscos. Outra dica é colocar a parte deformada nas rodas dianteiras. Assim, você percebe com mais facilidade caso o pneu estoure repentinamente e consegue corrigir a direção com eficiência.


Fique de olho nos falsos reparos! Algumas borracharias oferecem a vulcanização como opção. É um processo em que a borracha é derretida e moldada, eliminando a bolha. Visualmente resolve o problema, mas na verdade é só uma maquiagem, a falha está mesmo na cinta estabilizadora, a bolha é uma consequência, sendo assim a opção mais segura é certamente a troca!


d) PNEU FURADO


Como identifico um furo no pneu?
Quando você está trafegando normalmente e sente uma mudança repentina na direção, o carro pende para um lado sem você mexer no volante, ou começa a trepidar e fica mais “pesado”; é possível que o seu pneu tenha furado. Se o furo for muito profundo, você verá quando estacionar o veículo e vir o pneu murcho. Se for mais superficial, considere essa possibilidade e procure por danos ou objetos pontiagudos, como prego, pedras ou vidro na banda de rodagem.


Quais os riscos de andar com pneu furado?
Os pneus radiais, mais usados hoje em dia, não foram desenvolvidos para rodar totalmente murchos ou com menos ar que o recomendado. Quando trafegam furados ou totalmente vazios podem deformar a roda ou rasgar totalmente.
Com o pneu murcho, o motorista começa a ter problemas para frear, dificuldade para desviar de obstáculos e se estiver em alta velocidade, pode gerar acidentes sérios. Além de que poucos metros após o pneu perder pressão, ele já fica deformado e pode sair completamente da roda.


Por que pneus não resistem a objetos externos?
Os pneus furam com mais facilidade se estiverem muito gastos. Dependendo do tamanho e da capacidade de perfuração do objeto preso na borracha, até peças novas podem sofrer com o impacto, porém é comum que pneus mais velhos sejam menos resistentes a pequenas alterações na pista, devida a espessura da banda de rodagem e da qualidade da borracha. Borrachas ressecadas também são mais suscetíveis a furos.


Como posso evitar ter meu pneu furado?
Para evitar que o pneu fure, é aconselhável que você acompanhe a corrosão da borracha. Você pode fazer isso checando o TWI (Tread Wear Indicator), uma marcação no ombro da banda localizada dentro dos sulcos que indica o desgaste máximo do pneu, quando atingir o TWI, é porque você precisa trocar a peça.
Se possível, evite passar por caminhos que possam agredir o seu pneu ou ter algum objeto cortante na pista.


Como consertar um pneu furado?
O que definirá se é possível consertar pneus furados é a profundidade da incisão. A maioria dos cortes de até 6,5 mm podem ser consertados por um profissional através de procedimentos certificados. No entanto, furos maiores ou na parede lateral não podem ser arrumados. Você também não deve tentar consertar bandas com sulcos de menos de 1,6 mm de profundidade, estão muito finos e irão estourar em breve. Não tampe o buraco com um plugue superficial, não é confiável, o interior do pneu precisa ser inspecionado.


Quando perceber o incidente, troque o pneu danificado pelo estepe e leve o veículo para uma oficina. O carro vem equipado com as ferramentas para a troca. É importante que você leia o manual para identificar os itens (macaco, chave de roda e triângulo de sinalização). Lembre-se de sinalizar a pista primeiro! Ao voltar para a estrada, cuidado com o limite de velocidade, não ultrapasse 80 Km/h até chegar à borracharia mais próxima e, assim que possível, pare em um posto para calibrar o estepe.
Se o estepe não estiver disponível ou você não se sinta confortável para fazer a troca, existe um produto que resolve o problema em menos tempo e com menos trabalho.


É o reparador de pneus. A substância veda o pneu instantaneamente, é só aplicá-lo diretamente na válvula. O conteúdo interno passa para dentro do pneu e vira uma espécie de cola, que tampa o furo de dentro para fora e permite que o veículo trafegue desse jeito por mais alguns quilômetros. Nos primeiros minutos você precisa andar devagar para o látex espalhar por igual e depois pode seguir normalmente.
Se não tiver o produto e o seu pneu tiver câmara de ar, retire o item perfurante antes de rodar com ele. No entanto, se o seu pneu for de estanque, mantenha o item caso ele ainda esteja lá! em ambos os casos, circule muito lentamente!


Também existe o reparo com macarrão que é a aplicação de uma massa alongada dentro do furo. Essa é uma solução paliativa até que o reparo seja feito ou o pneu trocado.
Fique atento à roda! Se você andar muito tempo com o furo poderá entortar a estrutura e aumentar significativamente o custo de conserto.


e) PNEU ESTOURADO / PNEU RASGADO


Como sei se meu pneu rasgou?
Quando o pneu estoura em movimento, a mudança na capacidade de controle do carro é brusca, ainda mais em alta velocidade. Você certamente sentirá a diferença.
Quais os riscos de rodar com o pneu estourado?
Se houver um impacto e a borracha romper, reduza a velocidade aos poucos sem parar completamente o veículo e mantenha o automóvel em linha reta, mesmo puxando para um dos lados. Assim que retomar o controle e com velocidade bem lenta, conduza o carro até o acostamento e substitua-o quanto antes, evitando percorrer distâncias muito longas.


Os rasgos em alta velocidade podem causar acidentes graves devido à perda de controle do motorista.


Quais as causas de um estouro? Consigo evitar ter meu pneu rasgado?
Pneus bem cuidados, com a manutenção em dia não estouram do nada. O dano só ocorre quando a estrutura do pneu é afetada por um agente externo, como talões danificados durante a montagem na roda, lonas de corpo comprometidas por calibragem errada ou rompidas por impactos na via.
Cuide para manter a roda em bom estado, fazendo revisões constantes e ficando atento às mudanças no volante, assim é mais difícil acontecer imprevistos.


É possível consertar um pneu rasgado?
Nessa situação não há como reparar o pneu. Vá para a oficina mais próxima e substitua o pneu rasgado por um novo, de boa qualidade e adequado para o seu carro.


f) PNEU COM ARAME EXPOSTO


Se a borracha dos pneus está desgastada, os fios e arames da estrutura interna podem ficar expostos e você irá enxergar. Se você chegou nesse ponto sem fazer troca, está mais do que na hora de ir à oficina!


Há riscos de andar com um pneu exposto?
Quando isso acontece, o pneu fica muito suscetível a furos e rasgos, pois quase não há borracha na banda de rodagem. A proteção está enfraquecida e a parte externa danificada, além da própria roda ser prejudicada. É mais fácil um objeto pontiagudo perfurar o pneu e causar acidentes.


Quais as causas dessa exposição da estrutura do pneu? Consigo evitar?
O pneu só chega a esse estado quando está extremamente velho e a borracha, já seca, se decompõe rapidamente com o atrito do dia-a-dia.
Não tem muito que fazer para evitar que o pneu envelheça, mas você não deve ficar com a peça por muito tempo. Os sinais de desgaste são visíveis caso não saiba a idade do pneu. Se está em dúvida sobre a espessura da borracha, use o TWI, ele vai indicar com precisão a necessidade de troca.


Consigo arrumar pneus expostos?
Nesse caso a única opção é trocar os pneus por novos. Se não puder trocar os quatro, opte por colocar peças novas no jogo traseiro. Apesar dos dianteiros desgastarem mais rápido por causa do sistema de tração, os de trás sao responsáveis pela estabilidade do veículo, então é preferível que estejam sempre mais conservados. De todo jeito, trocar todas as rodas de uma vez sempre será a melhor decisão, desse jeito você evita o desalinhamento dos eixos do carro.


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