Sensor de Detonação
1. O que é sensor de detonação?
Os sensores de detonação possuem a função de garantir um desempenho melhor dos motores e ainda economizar no combustível. Durante o ciclo Otto – os quatro tempos de funcionamento de um motor – os sensores fazem com que o ponto de ignição seja mais próximo do ideal. A peça é composta por um cristal em seu interior. Quando sofre alguma pressão ou vibração, cria uma tensão nos fios que estão ligados a ele que será detectada pelo módulo de comando.
O que é detonação?
Durante o ciclo Otto, existem duas falhas que podem afetar o funcionamento do motor: a detonação e a pré-ignição. São problemas que precisam ser corrigidos com urgência a partir do momento que aparecem. Eles comprometem a vida útil do motor e fazem com que o sistema consuma mais combustível que o normal. Também perde-se potência e aumenta a quantidade de poluentes emitidos à atmosfera.
Pré-ignição: É um fenômeno que possui algumas causas prováveis. A primeira é o surgimento de depósitos de carvão no topo do pistão e na parede do cilindro. Esse carvão é incandescente, o que faz com que a mistura de ar e combustível exploda fora do terceiro tempo do ciclo. Pode acontecer no segundo tempo, enquanto o pistão sobre, quando a mistura está sendo comprimida, e a pressão e temperatura dos gases está subindo com a brasa do carvão, fazendo com que a mistura entre em combustão antes da hora. Outro problema que causa a pré-ignição são as partes superaquecidas da câmara de combustão – velas quentes. Também, a qualidade do combustível que pode gerar essa falha, com excesso de resíduo de carvão.
Detonação: Já o fenômeno da detonação, acontece dentro do cilindro e é bem semelhante à pré-ignição. É provocado por combustível de má qualidade de baixa octanagem. Isso faz com que a mistura exploda antes da hora. Além disso, mistura pobre, ignição adiantada e detonação espontânea também provocam a detonação. Apesar dos esforços colocados em desenvolver tecnologias para evitar a detonação, é um fenômeno natural do funcionamento do motor. Por esse motivo, que o ideal é tentar reduzi-lo. É possível fazer isso só atrasando o ponto de ignição, mas é um processo com poucos benefícios, o desempenho cai, o consumo de combustível aumenta e a emissão de poluentes também. Pensando nisso, a solução encontrada é a Central de Controle regular a detonação.
Buscando resolver o problema, a Central de Comando mantém o funcionamento do motor no limite de detonação, usando dos principais sensores do carro para obter informação – inclusive o sensor de detonação. A partir dos sinais, a Central interpreta os dados como indícios de combustão que será comparado a combustão sem detonação. Então a explosão é caracterizada como sem ou com detonação. Se for com detonação, o sistema irá atrasar o processo no respectivo cilindro até que volte ao normal. A partir de então, a central inverte o processo e passa a adiantar ao poucos o ponto para fazer a regulagem.
Tipos de sensor de detonação:
Os sensores de detonação são feitos de uma estrutura metálica e de uma cerâmica piezoelétrica que vibra e gera um sinal elétrico. Existem dois tipos de sensor:
a) Sensor KN
Esses sensores são ressonantes, possuem uma faixa de trabalho maior – entre 5 e 15 KHz. São usados em diversos modelos de carro e sua frequência de detonação é definida durante a calibragem do motor.
b) Sensores KR
São sensores ressonantes onde o sinal é gerado em uma frequência específica de trabalho. Por esse motivo que eles são desenvolvidos para cada tipo de motor.
Atenção: O s sensores de detonação possuem um torque específico de aperto. Qualquer mudança pode alterar o sinal emitido.
2. Quando é necessário trocar o sensor de detonação?
A troca do sensor de detonação deve ser feita entre 15 mil quilômetros ou no máximo 10 anos em boas condições. Além da vida útil, você deve prestar atenção em algumas falhas. O mau funcionamento deste sensor causa problemas como barulhos parecidos com batidas de pinos durante o avanço das ignições. Isso pode acontecer por conta de uma gama de defeitos diferentes:
a) Sincronismo do motor
Os motores possuem um sincronismo entre as válvulas e os pistões e existe uma engrenagem em todos esses itens que deve ser ajustada conforme as especificações do fabricante. Em algumas situações, o motor pode vir a sair do seu sincronismo devido a trancos e choques e assim, o sensor mostrará leituras incorretas.
b) Oxidação entre o bloco e a face do sensor
Com o tempo, o espaço entre a face do bloco e o sensor pode oxidar e isso ocasionará em uma má leitura.
c) Vibrações no motor causadas por suportes soltos
Suportes soltos no motor causam vibrações parecidas com a da pré-ignição, o que faz com que o sensor informe dados equivocados.
d) Sensor incorreto
Osensor no seu carro pode não ser o adequado para ele e fazer leituras erradas, sempre verifique as informações no manual.
e) Fiação com soldas
Soldas na fiação do chicote faz com que ele perca sua referência.
f) Conexões do chicote quanto a oxidação, aterramento e rompimento
Problemas de chicotes como a oxidação e o rompimento são facilmente verificados com um multímetro.
3. Quais manutenções podem ser feitas no sensor de detonação?
Quando o sensor de detonação apresenta falhas, a única solução é a troca do equipamento. Reparos não resolvem o problema e podem causar ainda mais danos ao sistema do motor.
4. Como testar o sensor de detonação?
a) Preciso entender de mecânica para testar o sensor de detonação?
PRECISA MANJAR DO QUE ESTÁ FAZENDO!
Exige conhecimento técnico razoável. Também é recomendado fazer com ferramentas que no geral não temos em casa.
b) O que preciso para testar o sensor de detonação?
- Sensor de detonação;
- Voltímetro AC;
- Cabos;
- Torquímetro;
c) Passo a passo de como testar o sensor de detonação:
Primeiramente, você deve retirar o sensor do motor. A retirada é bem simples, só desparafusar e soltar. Lembre-se de desconectar os fios elétricos antes. Para recolocar é que é um pouco mais difícil. Existe uma pressão certa que deve ser aplicada na peça para que ela não faça leituras equivocadas estando presa demais ou solta demais.
A dica é pegar uma lixa, lixar a base do sensor e a face onde será aplicado. Depois prenda o parafuso usando um torquímetro com uma força de 2 kg.
1º Passo: Conecte os componentes
Você irá conectar os fios do voltímetro (vermelho e preto) com os fios do sensor de detonação (branco e azul). O fio preto irá no azul e o vermelho no branco. Você perceberá que um fio amarelo ficará sobrando no sensor.
2º Passo: Ligue o voltímetro
Ligue o voltímetro e selecione a função AC.
3º Passo: Teste de sensibilidade
Fixe o sensor com o dedo na superfície que estiver trabalhando de forma que ele não se mexa durante o teste.
4º Passo: Faça os ruídos para o sensor detectar as alterações
Com uma chave de fenda, dê pequenas batidas na superfície de apoio, próximas ao sensor. As vibrações deformam o cristal piezoelétrico que gera a tensões indicadas pela voltímetro.O ideal é que a tensão varie de acordo com as pancadas.Caso contrário, o cristal pode ter perdido a sensibilidade.
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