REVISÃO DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
1. MAPA DOS FLUIDOS DO CARRO
2. O QUE SÃO OS FLUIDOS DO CARRO?
São líquidos destinados a lubrificar, acionar, limpar e refrigerar o veículo e seus componentes. Os fluidos do carro são fundamentais para o seu funcionamento perfeito e precisam ser trocados com frequência para que cumpram suas funções. O mais importante é o óleo lubrificante do motor, motivo pelo qual temos uma página dedicada a ele. Em seguida temos o líquido de arrefecimento, o fluido de freio, limpador de vidro, óleo de câmbio e o de combustível. Todos vêm acompanhados de filtros que retém as impurezas e as partículas sólidas que podem contaminar os sistemas.
QUAL A IMPORTÂNCIA DOS FLUIDOS DO CARRO?
Os fluidos do carro têm grande importância na lubrificação, no resfriamento e nos próprios mecanismos das partes móveis do veículo. O bom estado dos fluidos é essencial para que tudo funcione harmonicamente. Tão essencial quanto os líquidos em sim, é a manutenção preventiva já que a frequência de troca também depende dos hábitos de condução do motorista. Você pode ter desempenho inferior se não adaptar os fluidos do carro ao seu dia-a-dia, como uso na cidade ou em trajetos sinuosos.
3. QUANTO TEMPO DURAM OS FLUIDOS DO CARRO?
Assim como os fluidos possuem funções diferentes, a vida útil também diverge. Alguns duram mais que outros, como o de câmbio, outros têm comportamentos diferentes – como o de freio, que não deve sofrer diminuição de nível. Tudo acaba interferindo na durabilidade. Vamos entender como isso funciona:
a) Óleo de Motor
O óleo serve para lubrificar, resfriar e limpar as peças do motor. É recomendada a troca do fluido a cada 5 mil quilômetros – no caso de óleo mineral – e a cada 10 mil quilômetros para o sintético. Falaremos da diferença de cada um mais para frente. Apesar de a quilometragem ser o padrão para a determinar a troca de óleo, se o proprietário não atingir esse limite dentro de seis meses, é recomendado fazer a substituição mesmo assim. É importante fazer a troca do filtro junto com a do óleo.
Atenção #1: Tome cuidado com a famosa “completada” de óleo nos postos de gasolina. Se a substância antiga estiver vencida, poderá contaminar a nova. Isso faria o desempenho diminuir e poderia causar sérios danos ao motor.
Atenção #2: O frentista pode estar te enganando. O carro para no posto com o motor quente. Isso significa que o óleo ainda está circulando e a medição fica errada. Se completar, o recipiente pode transbordar e causar outros problemas durante o uso. O ideal é sempre ficar entre as marcas de mínimo e máximo depois que o carro estiver parado por aproximadamente 10 minutos.
b) Fluido de Freio
A função do fluido de freio é transmitir a força do pedal para as rodas. Esse líquido também tem o dever de absorver a umidade do ambiente e por isso, que a troca é importante já que excesso de umidade causa ferrugem. O fluido previne as falhas durante a frenagem, a perda de desempenho e a formação de bolhas. A recomendação para troca é entre 10 mil quilômetros e 20 mil quilômetros. Caso a quilometragem não tenha sido atingida em um ano, você deverá fazer a manutenção mesmo assim.
Atenção: O fluido de freio não deve diminuir de volume. Se acontecer, procure um especialista a procura de vazamentos. Depois de resolver o problema, troque todo o líquido para evitar contaminação no sistema de freio com um todo.
c) Fluido de Direção Hidráulica
O fluido de direção hidráulica é responsável por aliviar o peso do volante e preservar a direção do veículo – garante leveza e eficiência no sistema. O óleo também previne alguns problemas com o câmbio automático. A troca é recomendada entre 35 mil quilômetros e 50 mil quilômetros. Se não alcançar a quilometragem em dois anos, troque mesmo assim
d) Líquido de Arrefecimento (Aditivo do Radiador)
O líquido de arrefecimento é uma mistura de água com aditivos específicos que serve para fazer funcionar o sistema de arrefecimento, responsável por resfriar o motor. Evita a ebulição e o congelamento da água do radiador e ainda lubrifica todas as peças que entram em contato com ele. O fluido também garante o desempenho e melhora a economia de combustível.
As recomendações de troca do líquido de arrefecimento diferem muito de acordo com o fabricante. Por isso, verifique o manual do condutor. Como regra geral, se não tiver a informação precisa, troque a cada 10 mil quilômetros, é uma margem segura.
e) Limpador de Para-brisa
Você deve completar o líquido do limpador de para-brisa assim que der falta do fluido durante o uso. Não deixe de fazê-lo. O líquido serve para limpar os vidros e facilitar a sua visão durante situações de risco. É importante para a sua segurança.
Atenção: Jamais use detergente no reservatório de água dos vidros. Esse produto escorre pelo carro e prejudica pintura. Os limpadores adequados são baratos, e ainda hidratam as palhetas.
f) Óleo de Câmbio
O óleo do câmbio atua como um lubrificante, melhorando o desempenho do sistema de câmbio todo. Apesar do alto uso que fazemos do câmbio quando dirigimos, é um dos fluidos mais que mais duram e a recomendação para troca é a cada 120 mil quilômetros.
4. COMO ESCOLHER OS FLUIDOS DO CARRO?
Todos os seis fluidos possuem variações para os diferentes tipos de veículos e suas necessidades. Existem institutos, departamentos e organizações que regulamentam a qualidade dos fluidos. No geral, a indicação de qual é o melhor fluido está no manual do carro, mas a seguir você irá entender como eles são classificados e o que as especificações significam.
a) Óleo de Motor
Existem três tipos de óleo: o mineral, o sintético e o semissintético. O mineral é extraído a partir do refinamento do petróleo – é o mais barato. O sintético é produzido por meio de reações químicas – é o tipo mais puro e eficiente, porém, mais caro. Já o semissintético, é a mistura dos dois. Os óleos de motor possuem outras classificações e especificações mais detalhadas. Se quiser saber mais sobre o assunto, acesse a nossa página sobre troca de óleo.
b) Fluido de Freio
O DOT (Department Of Tranportation) é um departamento que mede a qualidade do fluido de freio de acordo com o seu ponto de ebulição. Quanto maior o DOT, maior o ponto de ebulição. Portanto, melhor a resposta do fluido ao acionamento do freio. Essa característica é a mais valorizada porque o fluido de freio não pode perder volume quando a temperatura aumenta. Se isso acontecer, ele não será capaz de transmitir a força de frenagem para as rodas.
Existem dois tipos de fluidos de freio: os com base de glycol – classificados como DOT 3, 4 e 5.1 – e os feitos a partir de silicone – DOT 5. Os feitos a base de glycol são os chamados hidroscópicos, pois absorvem a umidade do ar. Os de silicone são hidrofóbicos e não se misturam com a água. Esses fluidos de silicones não são comercializados no Brasil exatamente por não absorver as partículas de água do ar. Aqui, essa especificação é necessária pelo clima quente e úmido que pode vir a causar corrosões no sistema de freio.
c) Fluido de Direção Hidráulica
O fluido de direção hidráulica não possui um padrão de qualidade próprio como os fluidos de freios e de câmbio. Por isso o padrão de qualidade é todo baseado nas normas usadas nos fluidos de freio (DIN 51 524T3 e o ISO 7308), pois os lubrificantes de freios são muito resistentes a pressão e mudança de temperatura.
O óleo de direção pode ser sintético, mineral e ATF. O lubrificante sintético é produzido com aditivos próprios para o sistema. Servem, principalmente, para atuar em temperaturas mais baixas que os fluidos de câmbio e freio. É um fluido que não deve ser misturado a outros tipos de óleo – nem ATF nem mineral – pois exporia o sistema ao desgaste prematuro.
O lubrificante mineral é usado na maioria dos veículos por atender a quase todas as marcas.
Alguns carros são desenvolvidos para usar o mesmo líquido que o sistema de transmissão (fluido de câmbio), é o fluido de transmissão automática (ATF), com tom meio avermelhado.
d) Líquido de Arrefecimento (Aditivo do Radiador)
Como falamos anteriormente, o fluido de arrefecimento é uma mistura de água com aditivos. Esses aditivos podem ser classificados em dois: os orgânicos e os inorgânicos. O orgânico é desenvolvido a partir de materiais de origem natural – OAT (Organic Acid Tecnology). Essa substância é regulamentada pela NBR 15297 que controla a fabricação de aditivos orgânicos concentrados. É mais durável que o sintético e também são biodegradáveis. Normalmente aparecem com uma cor avermelhada, amarela ou rosa. Ainda assim, não é conclusivo determinar o tipo do fluido pela cor pois depende muito da marca.
O aditivo inorgânico, por outro lado, é totalmente desenvolvido de forma artificial, sintética. A sua vida útil costuma ser menor e o descarte inadequado agride o meio ambiente. É regulamentado pela norma NBR 13705. Normalmente encontra-se aditivos inorgânicos verdes ou azuis, mas, mais uma vez, não é uma regra.
e) Limpador de Para-brisa
Não tem muita complexidade quanto ao líquido do limpador de para-brisa. Só não deve colocar apenas água ou detergente, o ideal é colocar um aditivo na água ou fluido preparado para isso. Esses produtos são encontrados em supermercados grandes e são muito eficientes na prevenção de arranhões. Limpam super bem e não mancham a pintura do carro.
f) Óleo de Câmbio
Esses lubrificantes também recebem a classificação SAE (Sociedade dos Engenheiros Automotivos) para a viscosidade – mesma usada para óleo de motor. Para a temperatura, o índice do óleo de câmbio recebe a letra W (de winter, inverno) para a viscosidade do frio – pode ir de 75W a 85W. A fluidez no calor não recebe nenhuma letra, apenas o número. Quanto maior o valor, mais expressa é a película de lubrificante formada.
Também existe a classificação API (Instituto Americano do Petróleo) que determina a quantidade de aditivos no fluido. Para a transmissão manual estão disponíveis API GL-3, GL-4 e GL-5. Quanto maior o número, mais aditivos são encontrados no óleo.
Atenção: Não tente usar um lubrificante diferente do recomendado no manual do carro. As peças da caixa de marchas podem não reagir bem a alguns aditivos. Isso desgasta os componentes e reduz a vida útil da caixa de câmbio.
5. PROBLEMAS COMUNS COM OS FLUIDOS DO CARRO
Neste item vamos falar um pouco das consequências de não fazer a manutenção dos fluidos. De antemão, saiba que os líquidos apresentam somente três defeitos: vazamento no reservatório, validade vencida e falta – este costuma estar ligado ao primeiro.
Todos os fluidos do carro são importantíssimos e você deve manter todos em dia. Alguns no entanto causam mais prejuízo do que outros quando negligenciados. São eles: o líquido de arrefecimento e o óleo de motor. Estes são mais críticos por estarem diretamente ligados ao funcionamento motor do carro. São grandes candidatos a causar o travamento do bloco, tenha isso em mente.
a) Óleo de Motor
Tanto a falta de óleo, como rodar com óleo vencido são muito prejudiciais às peças do motor. Qualquer coisa que impeça o lubrificante de atuar corretamente é crítica! As peças vão se desgastando aos poucos até romperem. O pior que pode acontecer é o seu carro fundir. Isso é muito grave e pode demandar troca do conjunto inteiro ou retífica, um grande prejuízo de qualquer forma.
b) Fluido de Freio
O principal problema com o fluido de freio é o vencimento e a contaminação por água. Muitas vezes essas duas falhas estão relacionadas. O líquido que vence, fica tempo demais no reservatório e acaba trabalhando mais. Consequentemente, absorve mais umidade do que poderia e fica contaminado. A contaminação reduz a capacidade de frenagem. Quando ele não pode mais absorver água, acaba contribuindo para a ferrugem e corrosão das peças. Entenda melhor como esse sistema funciona em nossa página de freios.
c) Fluido de Direção Hidráulica
Com o passar do tempo o óleo da direção vai ficando velho e contaminado. Começa a escurecer, perde as propriedades e entope a peneira do reservatório. Então a direção fica dura – já que o óleo não consegue mais pelas peças. Outro problema que fluido pode ter é a retenção de ar. Esse ar pode vir por um retentor defeituoso – da bomba de pressão da direção hidráulica – que está vazando ar. Ao mesmo tempo que o fluido sai, o ar entra e estoura a bomba hidráulica. Você escutará um barulho se for o caso. Também pode acontecer de os retentores vazarem e o óleo começar a escorrer pelos pedais.
d) Líquido de Arrefecimento (Aditivo do Radiador)
Quando o líquido de arrefecimento não está fazendo o seu trabalho, o motor começa a esquentar demais e consumir mais combustível. É basicamente esse o maior problema do arrefecimento. A vantagem é que qualquer problema no sistema é apontado pela luz de arrefecimento no painel. As luzes podem salvar você de um grande prejuízo! Se tiver alguma luz que não conhece acesa, experimente Sherlocar para descobrir do que se trata!
e) Limpador de Para-brisa
O limpador de para-brisa não costuma dar muitos problemas. Se faltar fluido, você não conseguirá limpar os vidros ou irá riscá-los/danificá-los ou tentar. Dependendo da situação, pode ser muito perigoso.
f) Óleo de Câmbio
O óleo do câmbio precisa estar sempre refrigerado. Por isso, ele tem um sistema chamado Trocador de Calor que o esfria. O que acontece é que esse componente pode vazar e misturar líquido no sistema de arrefecimento. Outro problema é o acúmulo de sujeira no filtro que pode contaminar o óleo e obstruir totalmente a passagem.
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